segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Novembro positivo para a venda de imóveis

Da Assessoria de Comunicação do Secovi 

Empresas de incorporação concentraram esforços de lançamentos e vendas no final de 2014, e o mês de novembro apresentou bons resultados para o mercado imobiliário, tanto na capital paulista quanto nos outros municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), conforme Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).


Em novembro de 2014, foram comercializadas 2.987 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo, o que significou um aumento de 210,2% em relação ao mês de outubro, quando foram vendidas 963 unidades. Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 7,6% (2.777 imóveis negociados em novembro de 2013).
Do total comercializado em novembro de 2014, 1.165 unidades eram de 2 dormitórios; 1.117 de 1 quarto; 555 de 3 dormitórios; e 150 imóveis de 4 ou mais dormitórios.
Em valores absolutos, as unidades de 2 dormitórios foram as que mais venderam. Porém, analisando o VSO mensal (Vendas Sobre Oferta), o imóvel com o melhor desempenho foi o de 1 dormitório, com vendas de 13,6% do total ofertado. As unidades de 2 quartos atingiram o índice de 10,8%; as de 3 dormitórios representaram 7,1% do total; e as de 4 ou mais dormitórios, 5,5%.

Lançamentos 
No mês de novembro de 2014, foram lançadas 6.301 unidades residenciais, conforme a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), um aumento de 169,7% em comparação com os lançamentos de outubro (2.336 unidades) e de 26,1% em relação a novembro de 2013.
Foram lançadas 2.105 unidades de 1 dormitório, 2.192 de 2 dormitórios, 1.442 de 3 dormitórios e 562 de 4 ou mais dormitórios.
Com VGV (Valor Global de Vendas) de R$ 1,6 bilhão, o penúltimo mês de 2014 apresentou um crescimento de 190,8% em relação a outubro, e queda de 28,2% em relação a novembro de 2013, considerando os valores atualizados pelo INCC (Índice Nacional de Custo de Construção).
Em novembro de 2014, o estoque do município de São Paulo ficou em 26.579 unidades ofertadas, um aumento de 12,4% em relação a outubro do mesmo ano, e de 42,1% se comparado a novembro de 2013. Considerando que a média de vendas de janeiro a novembro de 2014 foi de 1.666 unidades, esse estoque seria suficiente para 16 meses de vendas. Apesar do crescimento gradual da oferta durante os 11 meses do ano, tradicionalmente novembro e dezembro apresentam os maiores volumes de lançamentos, pois as empresas têm de cumprir metas anuais e aproveitam o 13º salário para incrementar as vendas.
Acumulado
No acumulado de janeiro a novembro de 2014, foram comercializadas 18.324 unidades residenciais novas. Na comparação com o mesmo período de 2013, a retração foi de 40%. Porém, para analisar esse comportamento, é preciso considerar que 2013 foi um ano excepcional para o mercado imobiliário, com elevado crescimento em relação aos dois anos anteriores.
Contudo, se compararmos o resultado dos 11 meses de 2014 com os mesmos períodos de 2012 e 2011, as quedas são bem menores, com registro de 24% e 25%, respectivamente.
Novembro foi o melhor mês para as vendas de unidades novas no município de São Paulo. "Passados os momentos mais críticos do ano, como Copa do Mundo e eleições presidenciais, em dois turnos, o mercado tomou fôlego e reagiu positivamente também no volume de lançamentos", observa Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Com o resultado de novembro, os lançamentos residenciais na Capital em 11 meses chegaram a 27.004 unidades novas, conforme apurado pela Embraesp. Mesmo com a recuperação do mês, esse total é 9% inferior ao mesmo período de 2013.
"Conforme as nossas expectativas, o mercado imobiliário apresentou melhores resultados em novembro, mês com maior quantidade de vendas no ano. Porém, a previsão é que o desempenho de 2014 fique aquém ao de 2013", diz Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.

Estoque
Com 26.579 unidades ofertadas, a cidade de São Paulo atingiu seu maior nível histórico desde a mudança de metodologia da pesquisa, em janeiro de 2004. "Mas devemos ponderar que a Prefeitura está limitando cada vez mais a produção imobiliária, com parâmetros de construção restritivos e aumento dos custos de incorporação. Por conta desses fatores, os lançamentos tendem a diminuir nos próximos anos. Porém, não haverá um descompasso com a demanda, que permanece alta, e voltaremos a equilibrar a oferta", analisa Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
A Pesquisa Secovi-SP percebeu, no entanto, que pelo terceiro mês consecutivo os municípios do entorno da Capital venderam mais do que lançaram, com consequente redução do estoque. "Isso demonstra que o mercado dessa região está mais aquecido do que o da cidade de São Paulo", avalia Kallas.
Esses comportamentos opostos entre a Capital e as outras cidades da RMSP parecem ter sido ditados, principalmente, pelo preço das unidades. "Enquanto o preço médio de um imóvel vendido no município de São Paulo é de R$ 520 mil, nos outros municípios é de R$ 375 mil", justifica Petrucci.

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