As vendas de produtos na Black Friday, realizada sexta-feira
(27), totalizaram R$ 1,53 bilhão, 76% a mais que o registrado no mesmo dia em
2014 (R$ 872 milhões). A quantidade de pedidos feitos nas 24 horas da
sexta-feira de ofertas também aumentou: foram 3,12 milhões, 49% acima do
registrado no ano passado.
Os dados, divulgados ontem (30), são da consultoria
Clearsale e levam em conta todas as regiões do país. A Black Friday é uma
tradição norte-americana e foi promovida no Brasil pelo quinto ano consecutivo
pelo portal Busca Descontos.
Outro crescimento registrado foi no preço médio dos produtos
vendidos. Em 2014, foi de R$ 416 e em 2015, R$ 492, uma elevação de 18%. São
Paulo foi a cidade com maior volume de venda de produtos: R$ 194,2 milhões,
seguida do Rio de Janeiro (R$ 116,6 milhões), Belo Horizonte (34,8 milhões),
Brasília (32,8 milhões) e Curitiba (23,1 milhões).
Os eletrodomésticos foram os produtos mais procurados | Foto: Rovenna Rosa/AB |
Os eletrodomésticos foram os produtos mais procurados, com
um total de R$ 370,8 milhões em vendas, seguidos dos celulares (R$ 327,8
milhões), eletrônicos (R$ 240,1 milhões), produtos de informática (R$ 146,9
milhões) e móveis (R$ 74,1 milhões).
A consultoria Clearsale, que realizou a pesquisa, é uma
empresa especializada em prevenção de fraudes e é a parceira oficial do
blackfriday.com.br. O Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da
Defesa da Cidadania, registrou, entre 19h de quinta-feira (26) até meia-noite
de sexta-feira (27), 1.184 reclamações relacionadas a Black Friday. Desses, 331
resultaram em abertura de ações fiscalizatórias.
As principais reclamações foram maquiagem de desconto
(28,3%), produto ou serviço indisponível (26%), mudança de preço ao finalizar a
compra (16,4%) e site intermitente (5,1%). A empresa mais reclamada foi a B2W
(Americanas.com, Submarino e Shoptime) seguida pelo Grupo Pão de Açúcar.
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