Por Gustavo Mota – CEO do We de Logos
Empreender hoje no Brasil não é tarefa para qualquer um.
Frente a dezenas de desafios, uma das que mais assombram os empreendedores é:
“como vou investir na comunicação do meu negócio?”. E não é para menos, muitos
pecam na hora de criar uma estratégia. Por isso, listamos aqui os 7
pecados capitais da Comunicação para Pequenos Negócios, para você se prevenir:
1) Acreditar que Marketing é só para Grandes Empresas
O Marketing é democrático. Tem estratégia para todos os
estilos, segmentos, tamanhos de empresas e para todos os bolsos. Você pode
começar ao criar um logo profissional, em seguida investir em materiais
institucionais, depois partir para um canal de comunicação. O importante é
entender o que funciona, o que seu público quer e como ele quer se sentir ao
interagir com sua marca.
Os 4 P’s do
Marketing é um dos conceitos mais fundamentais e tradicionais
do Marketing, pois ele envolve as quatro áreas principais: preço, praça,
produto e promoção, ou seja, Marketing é muito mais do que um anúncio bonito, é
como você qualifica e precifica seu produto, onde ele está exposto, como ele é
entregue ao seu cliente e como você fala dele.
2) Deixar o seu “sobrinho” criar sua marca
A marca do seu negócio será responsável por muitas
“primeiras impressões”, já pensou nisso? Toda vez que alguém vir sua marca em
um anúncio, em uma placa na recepção de um prédio, no cartão de visitas ou nos
jornais, ela será responsável por gerar um impacto, podendo ser positivo,
negativo ou simplesmente irrelevante. Por isso, o processo de criação de logo
profissional é um dos mais importantes no desenvolvimento de uma empresa, e
você com certeza não vai querer deixar sua marca na mão de um amador, não é
mesmo? Criação de logotipo é assunto sério para a gente e aconselhamos
que você também acredite nisso.
3) Não investir no seu time como Canal de Comunicação
Nos primeiros anos de sua empresa, você provavelmente estará
frente a frente com seu cliente. Mas com o tempo e com a empresa crescendo (e
esperamos que isso aconteça), você estará liderando pessoas e cada vez menos no
dia a dia com seus consumidores. Por isso, o seu time tem que estar muito
alinhado, principalmente, com os valores da sua empresa. A experiência
profissional é importante na hora de contratar, mas ter fit com os valores da
empresa é essencial para o sucesso, senão você nunca chegará onde quer.
E o que isso tem a ver com Comunicação? Tudo! A cada
experiência incrível que seu time proporciona ao cliente, novas indicações
acontecem e o famoso boca a boca só vai aumentando o saldo positivo. Mas
a cada experiência negativa, pode ter certeza que o “menos” também entra
no jogo.
4) Cometer erros básicos e achar que ninguém está vendo
Sabe quando aquele errinho de gramática passou despercebido
e foi enviado no e-mail? Ou o Flyer que saiu sem o site da empresa? Esses erros
geram muito mais polêmica e repercussão nas grandes empresas, é verdade, mas
não é por isso que você vai deixar sua empresa parecer amadora e relevar esses
erros.
Uma frase muito boa que o Andre Diamand falou em uma mentoria
da 21212 é “Você não precisa ser grande, precisa parecer ser
grande” e isso faz todo sentido nesse contexto: você pode vender sua empresa
muito bem e entregar um serviço qualificadíssimo, sem precisar estar em um
centro comercial requisitado da sua cidade. O que você precisa é entregar
resultado excelente, ter uma imagem incrível e uma base de clientes e fãs
engajada.
5) Marketing ser o primeiro da lista no corte de
“gastos”
Marketing não é gasto, é investimento. E um investimento
que, quando bem feito, se paga sozinho. Essa é uma das premissas de um bom
resultado de uma campanha. Se você realiza uma boa campanha e o resultado em
vendas não vem, pode ter certeza que algo está errado na estratégia, na
execução, ou até mesmo no próprio produto. Pense bem, se você não investir em
formas para trazer novos clientes ou fazer os atuais retornarem, quem irá
comprar? E isso se tornará um ciclo. Por isso, da próxima vez que pensar em
cortar a verba do Marketing, pense se você não está colocando de lado sua fonte
de receita.
6) Não medir os resultados das campanhas que você faz
É essencial que você meça o ROI (Return of Investment) das
suas campanhas, pois só assim saberá se está torrando dinheiro ou se a
estratégia está funcionando. Algumas estratégias são mais fáceis de mensurar,
como campanhas de mídia paga online em que você consegue rastrear exatamente
cada conversão.
Agora, como mensurar um anúncio ou uma distribuição de
flyer? Nós geralmente indicamos que coloque um cupom de desconto específico, ou
algum outro benefício (ou recompensa) que faça o cliente entrar em contato por
aquela chamada. De preferência, que seja diferente de outras promoções – assim,
você terá certeza do resultado da campanha.
7) Vender seu produto
Vender seu produto pode ser um dos maiores tiros no pé de
uma empresa. Sim, é isso mesmo que você leu: o cliente não quer massa feita de
trigo, água, fermento e cereais; ele quer um pão francês quentinho e saboroso
para tomar no café da manhã com a família.
Percebe a diferença? O cliente quer os benefícios, o prazer,
a sensação que seu produto vai dar para ele. Dando um outro exemplo, um
software de gestão financeira obviamente irá organizar suas contas, informar o
fluxo de caixa e dar lembretes de contas a pagar, mas, na verdade, você o usa
para ter mais tempo para outras atividades e tranquilidade em saber facilmente
os dados financeiros do seu negócio.
Por isso, pense: por que seu cliente vai usar seu produto ou
contratar seu serviço? Qual o real problema que ele resolve? Qual será a
sensação e experiência que ele terá ao usar seu produto? Pensando assim, pode
apostar que sua empresa será essencial para ele.
Gustavo de Mesquita Mota, 32 anos, formado em design
gráfico, pós-graduado em Marketing pelo IBMEC, trabalhou como Diretor de Arte
na Deskgraphic na divisão de web, fundou a Agência YoungMedia em 1999 e
trabalha com internet há 16 anos. Possui larga experiência em soluções online e
fundou uma das primeiras plataformas brasileiras de crowdsourcing, a We Do
Logos, hoje líder na América Latina no segmento de Concorrência Criativa.
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