segunda-feira, 31 de julho de 2017

Confiança do setor de Serviços avança em julho

Da Redação

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas avançou 1,0 ponto em julho, para 82,9 pontos, recuperando parte da perda de 2,8 pontos observada no mês anterior. Na métrica de médias móveis, o índice manteve a tendência declinante, ao recuar 0,9 ponto.

Silvio Sales, consultor da FGV, avalia o resultado: “Os resultados da Sondagem de Serviços sugerem a retomada da tendência de melhora gradual nas avaliações sobre a situação corrente dos negócios e acomodação das expectativas, que haviam piorado muito no mês passado. A leitura mais favorável sobre a situação corrente parece se refletir no indicador que capta as perspectivas para o emprego no setor. O indicador de tendência de pessoal ocupado cresce pelo terceiro mês consecutivo, se aproxima dos 100 pontos e sinaliza uma transição entre fases de desmobilização e expansão do efetivo de mão de obra no setor”. 

Dados são da FGV | Foto: Arquivo
A alta do ICS em julho atingiu 9 das 13 atividades pesquisadas, contra apenas 4 no mês anterior. O desempenho positivo decorreu de melhoras tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas. O Índice da Situação Atual (ISA-S) do setor subiu 1,1 ponto, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 0,9 ponto.

A principal influência para a alta do ISA-S em julho veio do indicador de Demanda Atual, que subiu 2,0 pontos para 78,8 pontos, o nível mais elevado desde fevereiro de 2015. A melhora das expectativas para a Demanda nos três meses seguintes exerceu a maior contribuição positiva para a alta do IE-S no mês. O indicador de Demanda prevista avançou1,1 ponto, para 85,8 pontos, após recuar 5,3 pontos no mês anterior.

O NUCI do setor de serviços avançou 0,6 ponto percentual em julho, para  82,1%,  retornando ao patamar de fevereiro passado, após atingir o menor nível histórico no mês anterior.

Redução da distância entre as expectativas e a situação atual

Um traço que caracteriza a evolução do índice de confiança desde o início de 2016 é o inédito afastamento entre a percepção das empresas quanto às condições futuras e atuais do setor. A reação, ainda que tímida, da confiança vinha sendo ancorada nas expectativas, mas a partir do início do segundo trimestre houve uma modificação neste padrão. Nos últimos meses, as expectativas do setor entraram numa fase de calibragem negativa, possivelmente influenciadas pela incerteza política. Concomitantemente, observa-se uma melhora moderada nas avaliações sobre a situação corrente. O resultado tem sido a redução da distância entre IE-S e ISA-S, o que torna a medida do ICS mais realista e alinhada à recuperação gradual do nível de atividade econômica.


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