quarta-feira, 26 de julho de 2017

Parceria com a Totvs impulsiona crescimento da ESD

Por Vitor Lima

Se tivéssemos que encontrar duas características marcantes na trajetória da ESD Antiestáticos, talvez a perseverança e a constante busca por crescimento fossem as mais adequadas. A empresa, voltada à segurança da eletrônica e criada em 2007, foi fruto dos esforços do casal Jefeferson Valle Barcello e Andreia Toti Barcello. 

No início, como esperado, as coisas não foram fáceis. O negócio começou em uma sala de 60 metros quadrados (m²) alugada, no Centro de Santo André, sob os cuidados de Andreia e mais uma funcionária. O marido continuou exercendo suas funções no antigo emprego, na empresa de sua família. A atuação da ESD, neste primeiro momento, era restrita a comercialização de produtos que eram adquiridos de empresas concorrentes. E isso preocupava o casal. Deu-se aí, o primeiro grande desafio da empresa, que era começar a industrializar para se tornar independente dos concorrentes. 

Em 2009, a empresa mudou de endereço e passou a atuar em um galpão de 170 m², mudança que permitiu que a empresa expandisse os negócios. Em 2010, outro marco na história da ESD: a primeira importação. “Nem foi contêiner, foi carga solta”, lembra Andreia. Era mais um sinal que a empresa estava crescendo. 

Os negócios iam bem, os percalços no caminho foram superados e, em 2014, uma nova mudança de sede. A empresa transferiu-se para um novo endereço, desta vez com 420 m², em Utinga. Atualmente, o negócio conta com 16 colaboradores, realiza importações, geralmente da China e dos Estados Unidos (alguns produtos chegam prontos e outros para ser industrializados) e aumentou a linha de clientes. A ESD tem clientes da indústria eletrônica, química, alimentícia, têxtil e automobilística. 

Além da venda de produtos, a empresa também presta serviços de consultoria. Após visitar indústrias, a equipe da ESD emite um laudo, no qual indica quais ações devem ser feitas para melhorar a segurança da área eletrônica.

Andreia (esquerda) contou com o auxílio de Mônica para a implantação do sistema | Foto: Hugo Silva

Mas, o carro-chefe do negócio é a venda de garras antiestáticas, que antes eram importadas, mas que agora são produzidas por eles. “Elas chegavam aqui muito caras. E no novo galpão, a gente começou a desenvolver o produto aqui dentro. O preço ficou muito mais em conta e a gente começou a abranger um mercado um pouco maior. Nós praticamente triplicamos nosso faturamento, porque o custo foi minimizado”, explica a proprietária. 

A atuação da empresa, em plena expansão, começou a apresentar algumas deficiências. O crescimento existia, mas desordenadamente. Os proprietários constataram que o negócio estava prestes a mudar de patamar e algumas práticas deveriam ser modernizadas. “Um pouco antes de chegar a crise, a gente começou a se perder por conta do crescimento. 'Tem relatório? Não', 'Sabe qual é o custo? Não'. A gente percebeu que o sistema que nós tínhamos na época era muito obsoleto”, conta. 

Neste momento, a direção da ESD apostou na contratação de um desenvolvedor de sistemas que, após dois anos de trabalho, entregou uma plataforma que não atendeu as expectativas da companhia. “Quando o sistema subiu, subiu uma carcaça. Nada funcionava, nada dava certo. Foi quando o Jeferson pediu para ligar na Totvs. Nós não enxergávamos a Totvs como sistema adequado para a nossa empresa, porque imaginávamos que ela era voltada só para empresas grandes”, revela Andreia. Contudo, a negociação avançou e em julho de 2015 as duas partes firmaram o contrato.

O primeiro ano de parceria foi focado na chamada “parametrização”. Conforme explica a executiva de vendas da Totvs, Mônica Bazani, esse é o processo em que a empresa é estudada pela Totvs e o sistema é alimentado com as informações. No caso da ESD, este processo durou um ano e, em julho de 2016, a plataforma Proteus foi implantada para otimizar o cotidiano e integrar todas as áreas da empresa. 

A implantação foi acompanhada por muitos desafios e contratempos. Os colaboradores da empresa necessitaram de um período de adaptação à nova plataforma. “O sistema trouxe para o ESD algo importante, que é a questão da equipe. O sistema é interligado. Se você deixar de fazer a sua parte, o outro vai sentir. Então houve uma união. O Proteus, no fundo, trouxe para nós esse trabalho em equipe”, revela Andreia. 

Hoje, com todos adaptados e o sistema em pleno funcionamento, os frutos começam a aparecer. De acordo com os relatos de Andreia, ocorreram melhoras significativas na integração entre as áreas da empresa e na gestão do negócio. O sistema também apontou à ESD, por meio de relatórios, o rumo que a companhia deve seguir para aumentar o faturamento. “Ele (o sistema) sinalizou para nós quais produtos a gente deve trazer menos e quais produtos a gente deve trazer mais. Ficou mais estratégico, sem dor”, comemora a proprietária, que após a implantação do sistema não precisa mais comparecer a sede da empresa todos os dias para exercer suas funções. 

Para Mônica, o engajamento de Andreia foi fundamental para os bons resultados do Protheus. “É uma parceria entre empresa fornecedora e empresa que comprou (o sistema). Se não tiver uma parceria, as coisas não vão acontecer, o projeto não consegue andar”, afirma. 

E Andreia não quer parar por aqui e já trabalha como uma nova meta: eliminar o uso de papel internamente. “Nós precisamos nos habituar a trabalhar sistematicamente. Todas as solicitações internas já são feitas via sistema. A organização que estamos conseguindo aqui dentro é graças ao Proteus”, explica.



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