De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), foram lançadas em abril 959 unidades residenciais, volume 38,3% inferior ao registrado em março (1.555 unidades) e 38,0% acima do resultado de abril de 2016 (695 unidades). De janeiro a abril de 2017, os lançamentos totalizaram 2.745 unidades residenciais, aumento de 6,0% em relação ao mesmo período de 2016 (2.589 unidades).
As medidas adotadas pelo governo nos últimos meses, apesar de impactar positivamente na economia, ainda se mostram tímidas para produzir grandes e imediatos resultados. “No entanto, os efeitos da acertada política econômica já podem ser observados no cenário macroeconômico e acreditamos que, gradativamente, estarão refletidos no nosso setor”, diz o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.
Na cidade de São Paulo, verificou-se que as vendas de abril apresentaram ligeira queda de 1,7% em relação ao mês anterior. “Em compensação, houve aumento de 2,5% em relação ao volume comercializado em abril de 2016, demonstrando que o mercado busca se equilibrar. Certamente, essas oscilações serão registradas ao longo do ano”, avalia Celso Petrucci, economista-chefe da entidade.
Em termos de lançamentos, a participação dos imóveis de 3 dormitórios correspondeu a 38,5% entre janeiro e abril. O acumulado no mesmo período do ano passado para essa tipologia ficou abaixo de 10%. Por outro lado, os imóveis de 1 dormitório caíram em participação, de 22% em 2016 para 7% neste ano. Apesar dessas mudanças no perfil, os imóveis de 2 dormitórios continuam soberanos, com quase 45% do total lançado.
De acordo com o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emilio Kallas, o mercado imobiliário tem apresentado os piores resultados da série histórica, e é imprescindível que se retomem os níveis anteriores. “São prementes os ajustes na lei de zoneamento, para possibilitar a viabilização de novos empreendimentos e estimular a movimentação da economia e a geração de empregos”, afirma.
Empresários do setor estão otimistas com a evolução de queda dos juros e acreditam que, quando atingirem a casa de um dígito, haverá reflexos importantes no setor imobiliário. Investidores do mercado financeiro, por exemplo, encontrarão boas oportunidades no mercado de imóveis residenciais e comerciais, que estão com preços estabilizados ou em queda há pelo menos três anos.
“Adicionalmente, a redução na taxa Selic impacta e reduz os juros do crédito imobiliário, o que facilita a compra de imóveis, uma vez que as prestações ficarão mais baixas, bem como serão menores as exigências de comprovação de renda pelos bancos”, diz Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP.
“Outra boa notícia, que poderá tornar todo esse movimento consistente, é a continuidade do crescimento do saldo da poupança que, no mês de maio, pela primeira vez, teve volume de entrada maior que o de saída”, conclui Flavio Amary.
VGV
VSO
Oferta de imóveis novos – A capital paulista encerrou o mês de abril de 2017 com a oferta de 22.528 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (maio de 2014 a abril de 2017). Houve redução de 2,7% em relação a março (23.142 unidades) e queda de 9,7% em comparação a abril de 2016 (24.961 unidades).
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