A Caixa Econômica Federal alcançou lucro líquido de R$ 7,2 bilhões no ano de 2015, aumento de 0,9% em relação a 2014. O retorno sobre o patrimônio líquido médio nos últimos 12 meses foi de 11,4%. A margem financeira alcançou R$ 41 bilhões, avanço de 18,9% em 2015, impactada, principalmente, pelo aumento de 30,5% nas receitas de crédito e de 44,9% no resultado com títulos e valores mobiliários e derivativos.
Cumprindo o seu planejamento estratégico, a Caixa ampliou o relacionamento com clientes, o que possibilitou o aumento das receitas com prestação de serviços e tarifas em 12,6% em 2015. Os principais destaques foram as receitas originadas pelo relacionamento com clientes nas contas correntes e cestas de serviços, que cresceram 30,7%, pelos cartões de crédito em 12% e pelos convênios e cobrança em 10,1%.
Comparado com 2014, o lucro cresceu 0,9 % | Foto: reprodução |
A Caixa intensificou as ações para racionalização de gastos e aumento da produtividade, com foco na sustentabilidade dos seus resultados, o que possibilitou que as outras despesas administrativas crescessem apenas 5,6% em doze meses, significativamente abaixo da inflação observada no período, que ficou em 10,7%. O mesmo comportamento foi observado nas despesas de pessoal, que alcançaram R$ 19,8 bilhões, evolução de 10,5%.
Os índices de cobertura de despesas de pessoal e administrativa apresentaram comportamento de melhoria e aumentaram, respectivamente, 1,9 p.p. e 2,3 p.p. nos últimos doze meses e chegaram a 104,8% e 66,2%, os melhores dos últimos três anos.
A carteira de crédito ampla avançou 11,9% em 12 meses e alcançou saldo de R$ 679,5 bilhões, representando 20,9% do mercado, aumento de 1,1 p.p. no market share em 12 meses. O crédito habitacional continuou a ser o principal destaque do crédito da Caixa, com evolução de 13% no ano e saldo de R$ 384,2 bilhões, que representa a liderança de mercado com 67,2% de participação.
O crédito comercial para pessoas físicas e jurídicas totalizou R$ 199,4 bilhões, alta de 4,8% em 12 meses. Já as operações de saneamento e infraestrutura apresentaram, ao final de 2015, saldo de R$ 70,9 bilhões e crescimento de 24,9% em relação a 2014.
Ao final de 2015, 90% da carteira de crédito da Caixa estava classificada nos ratings de melhor qualidade, de AA-C, e o índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,55%, aumento de 1 p.p. no ano, influenciado pelas operações comerciais para pessoa física e para micro e pequenas empresas. O impacto da desaceleração econômica na inadimplência desses segmentos foi atenuado pelo fortalecimento dos modelos de risco e de cobrança.
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