A Paranapanema, maior produtora brasileira de cobre, abastece 94% da necessidade hídrica da planta industrial de Utinga, em Santo André, com água de reuso, a partir de uma estrutura interna de captação e tratamento de água da chuva, dos processos industriais e do esgoto. Com a implantação da nova linha de tubos retos na unidade, em funcionamento desde fevereiro, a empresa firmou parceria com o Projeto Aquapolo para manter seu alto patamar de consumo de água de reuso.
O Aquapolo, projeto entre a Odebrecht Ambiental e a Sabesp, trata o esgoto dos imóveis conectados a rede coletora na região e fornece a empresas do Polo Petroquímico do ABC para uso em processos que não demandem água potável. A Paranapanema é a primeira empresa fora do Polo a estabelecer parceria com o projeto. O acordo prevê o fornecimento de 21 metros cúbicos de água de reuso por hora, cerca de 15 milhões de litros de água de reuso por mês para abastecer a linha de tubos retos. O volume representa 35% de redução de custos na comparação com os valores que seriam gastos caso fosse utilizada água da rede de fornecimento convencional.
Paranapanema recupera cerca de 72 milhões de litros de água por mês | Foto: reprodução |
De acordo com o diretor industrial da fabricante, Evandro Schimidt Pause, a ação contempla a redução do consumo e o uso inteligente do recurso. “Uma indústria do porte e do segmento da Paranapanema necessita de grande quantidade de água, especialmente para processos como os de resfriamento do metal e limpeza de equipamentos. A gestão desse recurso natural é, portanto, de fundamental importância tanto pela atividade da companhia como por sua responsabilidade enquanto grande consumidora”, explica.
Com sua estrutura interna, que compreende um reservatório para captura de água da chuva e estações de tratamento de água industrial, de lodo e de esgoto, a Paranapanema recupera cerca de 72 milhões de litros por mês. No ano passado, a empresa tratou e reutilizou 867 milhões de litros de água, volume que equivaleria a 324 piscinas olímpicas, o que torna a planta quase autossuficiente, protegendo os recursos naturais.
Além de um mecanismo interno de captação e tratamento, a empresa também possui um sistema que monitora o fornecimento do recurso para os principais setores fabris e permite realizar, diariamente, um balanço hídrico da fábrica, possibilitando visão clara do consumo por áreas específicas e a identificação de vazamentos ou oportunidades de redução ainda maior do consumo.
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