Por Claudia Regina Araujo dos Santos, especialista em gestão estratégica de pessoas, palestrante, coach executiva e diretora da Emovere You
Nos últimos
anos, temos observado uma grande mudança no mundo dos negócios e,
consequentemente, na área de gestão de pessoas. No século passado, os
empresários detinham o poder do negócio e exerciam sua autoridade sem levar em
conta a experiência da equipe. Agora, com o avanço da era digital e uma geração
engajada em causas e propósitos, o funcionário virou a peça mais importante
dessa engrenagem.
Esse cenário
trouxe as pessoas para o centro da estratégia das empresas, o que aumentou a
importância dos departamentos de Recursos Humanos. Além de garantir a
experiência dos clientes, a customer experience, as companhias têm a
tarefa de engajar os funcionários e oferecer a eles a mesma experiência do
consumidor final – a chamada employee experience. Mais do que nunca, as
pessoas querem ser felizes no ambiente profissional e, para isso, precisam se
sentir motivadas, valorizadas e engajadas.
De acordo com a
pesquisa Global Human Trends, realizada pela Deloitte em 2017, quase 80%
dos líderes de RH consideram a experiência do trabalhador como uma tendência
importante para a sobrevivência da empresa. Não à toa, os departamentos de RH
têm criado programas e estratégias para melhorar a experiência dos colaboradores,
pensando de uma maneira integrada com os negócios. Afinal, funcionários
motivados ficam menos doentes, são mais produtivos e permanecem por mais tempo
na empresa, o que evita gastos com seleção e recrutamento. No entanto, como é
possível fazer isso?
O que as
empresas têm percebido é que, para inspirar os funcionários, é preciso
desenvolvê-los de forma integral. Para isso, ela deve transformar suas rotinas
e práticas, garantindo às equipes internas o mesmo tratamento de excelência que
oferece aos seus melhores clientes. Incentivar os funcionários a ser eles
próprios, garantir a transparência dos processos, utilizar cada vez mais a
tecnologia e investir em inovação e criatividade são alguns dos fatores que
podem contribuir com esse engajamento.
Mas, antes de
iniciar esse processo, a companhia precisa entender quais são os fatores que
influenciam a vida e a motivação de sua equipe. Esse é o primeiro passo para
garantir um ambiente humanizado, transparente e justo, que permita o
desenvolvimento de pessoas em todas as esferas da vida. Para trabalhar com todo
o seu potencial, o colaborador precisa se sentir envolvido em uma cultura
integral, amparado por programas de bem-estar e uma gestão que o apoie, tenha
confiança nele e seja interessada em seu crescimento.
Mais do que um
ambiente bonito, atrativo e moderno, as empresas precisam oferecer aos seus
funcionários uma experiência real que reflita nas ações do dia a dia, que
mostre os valores da organização e que tenha congruência entre o discurso e a prática.
Ele deve se sentir parte integrante de uma equipe preocupada com o seu
desenvolvimento, e não apenas mais um número para a organização.
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