quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Privatização de aeroportos pode incentivar potencial regional

Da Redação

As dimensões continentais do território brasileiro são um dos fatores contribuintes para a expansão dos serviços aéreos no País. A privatização dos aeroportos pode alavancar a regionalização desses serviços. O Brasil conta com cerca de 2,5 mil aeródromos registrados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo a maioria privados. Mas, 98% dos embarques e desembarques ocorrem em 65 aeroportos (internacionais, nacionais e regionais). Nos EUA, são mais de 15 mil aeroportos. 

O engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e presidente da Vinci Aeronáutica, Shailon Ian, aponta o "potencial que as empresas ainda precisam explorar e que apresenta muitas possibilidades”.O mercado brasileiro comparado com o dos EUA ainda tem boas perspectivas de crescimento. 

 Foto: Reprodução 

A liderança do mercado norte-americano vem desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O setor aeronáutico americano passou por grandes mudanças, que começaram a partir do final da década de 1970. E esse gigantismo é resultado de fatores característicos dos EUA como a renda média elevada da sua população, as dimensões continentais e opções de modais de transporte menores, por exemplo, do que a europeia, que conta com Trens de Alta Velocidade (TAV).  

Shailon Ian considera que a iniciativa privada terá condições de oferecer melhores serviços no território brasileiro, ampliando a atuação das companhias aéreas por meio de parcerias regionais. “A demanda por viagens aéreas deve crescer nas próximas décadas e a oferta de voos regionais, realizados por companhias menores, vai abastecer os serviços ofertados pelas empresas maiores. Isso será apenas uma questão de tempo”, analisa o engenheiro. 

Segundo projeções do setor, 43% dos moradores de regiões sem aeródromos têm intenção de usar o avião como meio de transporte. “Sem sombra de dúvida, a expansão de oferta virá acompanhada de padrões internacionais mínimos de segurança. O País tem tradição de seguir corretamente as normas globais sobre esse assunto”, afirma Shailon Ian.



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