sexta-feira, 26 de maio de 2017

Congresso reúne lideranças da indústria química do ABC

Da Redação

A indústria tem potencial para retomar o desenvolvimento do ABC se houver melhores interações entre os diversos atores do sistema produtivo e inovativo. Neste contexto, as redes colaborativas são uma alternativa. Foi o que apontou o III Seminário Dia da Indústria, realizado pelo Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC). O encontro, que marcou o Dia da Indústria e o terceiro ano de atuação do Comitê, reuniu lideranças da indústria, universidade e poder público nesta quinta-feira (25), em Santo André. 

Na abertura, Claudemir Peres, presidente do COFIP ABC, disse que o Polo Petroquímico possui todas as condições de contribuir cada vez mais de maneira sustentável para o desenvolvimento da região.“O Polo tem capacidade de ampliação dentro das próprias empresas e áreas de ampliação para novos negócios, além de estar localizado no maior centro consumidor do Brasil, próximo ao Porto de Santos e a uma excelente malha viária”, destaca.

Claudemir Peres é o presidente do COFIP ABC | Foto: Divulgação 

A relevância da indústria química para a economia brasileira foi abordada por Luiz Shizuo, gerente de Gestão Empresarial da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). “Não existe um país forte sem que haja uma indústria química forte porque esta alavanca todos os outros setores. Hoje somos a oitava indústria química mundial, cujo faturamento representa US$ 280 bilhões por ano”, lembra. 

Luiz Turco, deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Química em São Paulo, aponta necessidade de ação conjunta entre Prefeitura, Agência de Desenvolvimento Econômico e governo estadual para o avanço do Parque Tecnológico de Santo André. “Uma das vocações da indústria no ABC é a química, que terá papel estratégico, assim como universidades, indústrias e poder público. Precisamos avançar na recuperação da economia da região”, disse. 

Deputado estadual Luiz Turco prestigiou o evento | Foto: Divulgação 
Fábio Palácio, secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, disse que, paralelamente ao parque, a entidade trabalha na constituição do Polo Tecnológico do Grande ABC, que tem a indústria química como um dos pilares. “O ABC é um grande celeiro industrial, berço de pensadores, região com 2,7 milhões de habitantes e quarto maior PIB do País. Temos um potencial riquíssimo e seremos cada vez maiores se apostarmos firmemente nas potencialidades da região como a grandiosidade da indústria química”, enumera. 

Ciomar Okabayachi, secretário de Desenvolvimento Econômico de Mauá, destacou o papel do Polo Petroquímico para o desenvolvimento de políticas públicas e o fortalecimento do comércio e da prestação de serviços. “Mesmo com muitos desafios hoje,o setor demonstra que, por meio de sinergias, é possível ser melhor e propiciar melhor qualidade de vida para todo o Estado”, disse.

Ailton Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Santo André, disse que o município está preparado para ter o parque tecnológico. “Estamos numa região que é polo de desenvolvimento econômico e temos uma cadeia produtiva muito bem desenvolvida. Tenho certeza de que o cenário aqui está pronto”, afirmou. 

Na sequência, Francisco Ruiz, gerente executivo do COFIP ABC, apresentou as principais realizações do Comitê no último ano de acordo com resultados dos objetivos estratégicos da entidade, a exemplo da implantação do Conselho Comunitário Consultivo, que visa estreitar o relacionamento com a comunidade do entorno. “Começamos os trabalhos em 2015 com 30 profissionais e atualmente estamos em 120 voluntários”, compara. Na sequência, Ruiz fez reconhecimento público dos grupos de trabalho do Comitê. 

Sidnei Anjos, diretor administrativo do Comitê de Fomento Industrial do Polo de Rio Grande do Sul (COFIP RS), compartilhou as práticas de gestão realizadas no Polo de Triunfo, como ações estratégicas junto aos prestadores de serviços da cadeia produtiva para a formação e a qualificação de recursos humanos, por meio do Sistema S. “O associativismo empresarial faz diferença à sustentabilidade dos negócios e ao crescimento da região onde atua se for entendida a complexidade da rede de cooperação”, declara. 

Na parte de Educação, Anapatrícia Morales Vilha, diretora da Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC (UFABC), disse que a palavra de ordem para a região é conectar os atores do sistema produtivo e inovativo para reverter o atual momento, de modo a atrair investimentos e aumentar a competitividade. “Temos no ABC atores importantes nos campos científico, tecnológico e inovativo, mas há debilidades na interação, sobretudo, entre universidades e empresas”, frisa.

No encerramento houve celebração do acordo de cooperação entre o COFIP ABC e a Escola SENAI de Mauá para melhor interação entre os cursos ofertados e as demandas de formação profissional por parte do Polo. “Da mesma forma que a indústria se aproxima da escola para apresentar as suas demandas, a escola retribui com os profissionais”, ponderou Claudemir Peres, presidente do Comitê. “Essa interação é fundamental para o avanço da inovação tecnológica no País”, declara Cláudia Britto, coordenadora pedagógica da Escola SENAI de Mauá.



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