Depois de 27 meses consecutivos, o empresário do comércio paulistano volta a ficar otimista.
Na segmentação por porte, o ICEC das empresas com até 50 funcionários cresceu 4,7% na comparação mensal, passando dos 98,1 pontos de março para 102,7 pontos de abril. Nas grandes companhias, que têm mais de 50 colaboradores, o indicador teve queda de 5,4% na mesma base comparativa, saindo dos 109,5 pontos para 103,6 pontos no mês - porém, ainda se mantém na margem de otimismo acima dos 100 pontos. Na comparação anual, vale destacar que tanto pequenas como grandes empresas registraram crescimento na confiança em abril, de 38% e 15,1%, respectivamente.
Para a FecomercioSP, com dois meses consecutivos (março e abril) de recuos da confiança de grandes empresas, a diferença desse índice entre os portes de empresa basicamente desapareceu. A Entidade ressalta ainda que, de acordo com a pesquisa, o comportamento da confiança das grandes empresas é mais volátil, dada a amostragem sensivelmente menor do que a de pequenas empresas.
Indicadores
Os três quesitos que compõem o ICEC registraram variações positivas na passagem de março para abril. As avaliações dos empresários no que diz respeito às condições econômicas atuais foi o quesito que mais influenciou no resultado do indicador. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apresentou alta de 7,3% ao passar de 68,2 pontos em março para 73,2 pontos em abril e alta de 88,2% na comparação interanual. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) avançou 1,9% ao passar de 146,8 pontos em março para 149,6 pontos em abril e, no comparativo anual, o índice registrou alta de 27,5%. Por fim, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) subiu 6,7%, passando de 80,0 para 85,4 pontos em abril e, um crescimento de 25,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a FecomercioSP, a redução do ritmo inflacionário colabora de forma prática para justificar a melhora da confiança do empresário, uma vez que acaba criando o efeito renda ao provocar um ganho real no poder de compra - decisivo para a percepção de melhoria da capacidade de consumo das famílias. Aliado a isso, a Federação aponta a queda dos juros, que abre expectativa para melhoria nas concessões de crédito e sinaliza um avanço nas condições para a retomada dos investimentos.
Porém, a entidade pondera que existe ainda uma variável que pode retardar essa melhora: o cenário político. A instabilidade que vigora no País pode colocar em risco a definição das reformas necessárias para o equilíbrio fiscal, o que pode atrasar o processo de recuperação da economia assim como a retomada da confiança.
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