Diretor do Grupo Pão de Açúcar apresenta tendências de consumo

Por Vitor Lima

A apresentação de estudo sobre comportamento do consumidor do diretor comercial do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, Jorge Faiçal, foi o ponto alto do segundo encontro aberto ao público organizado pela Rede Global do Empreendedorismo (RGE) de São Caetano do Sul. O evento, que ocorreu no último dia 10, reuniu cerca de 60 empreendedores da região no espaço Locus Business Center, em São Caetano do Sul. 

Para o executivo, o futuro do varejo passa por conveniência, e-commerce e mobile | Foto: Paulo Andrade/Divulgação

Faiçal, 42 anos, cresceu e ainda vive em São Caetano. Durante a explanação, o executivo apresentou cases do GPA e explicou a importância de conhecer os hábitos dos consumidores para que as ações sejam segmentadas, de acordo com o perfil de cada cliente, para que as iniciativas se tornem mais efetivas. “Lá nós temos dois tipos de abordagem: um em que a gente estuda bem o consumidor para depois tomar a decisão. E a partir dessa decisão a gente executa. Esse é um caminho. Na outra, que não é tão precisa, a gente arrisca um pouco mais”. 

O evento reuniu cerca de 60 empreendedores no último dia 10 | Foto: Paulo Andrade/Divulgação

O diretor ressalta que no caso de empresas pequenas, devido o contato “olho no olho”, é mais fácil conhecer o consumidor, suas preferências e necessidades. Mas no caso de uma rede de lojas ou uma indústria com muitos clientes, a tomada de decisões é mais complexa e exige cuidado. “Você tem que investir alguma parte do seu lucro em ferramentas para conhecer o consumidor”, sentencia. Para Faiçal, isso sustentará a empresa em longo prazo. 

Conveniência 

“O futuro está na conveniência, no e-commerce e no mobile”. Foi assim que o executivo justificou a expansão das marcas Minuto Pão de Açúcar e Mini Mercado Extra. Elas, que concentram operações bem menores na comparação com as lojas tradicionais do Pão de Açúcar e do Extra, estão em alta e são umas das apostas do GPA para o futuro. 

Momento econômico 

Questionado pela reportagem do Negócios em Movimento sobre as impressões do Grupo sobre o atual momento econômico do País, Faiçal demonstrou alívio pelos dados que indicam que as vendas pararam de cair. De acordo com ele, o GPA começou a sentir queda nas vendas em 2014 e, em 2015, foi pior: mês a mês o grupo registrava queda sob a queda. “É muito difícil corrigir o avião em pleno voo, tendo que fazer ajustes de produtividade, ajustes de custos internos, demissão de muita gente sem perder o nível de serviço do consumidor”, reflete. 

Contudo, as perspectivas melhoraram. Faiçal acredita que em 2017 o Grupo comece a registrar “os primeiro crescimentos mais constantes” em vendas. A previsão do GPA é que no segundo semestre de 2017 o País estará vivendo “outro cenário”.