Por Vitor Lima
Os escritórios compartilhados – chamados de coworking – já estão consolidados na capital e assumem, cada vez mais, protagonismo no ABC. Na modalidade, o profissional aluga um espaço no escritório e dividi a bancada de trabalho com outros profissionais, de diversas áreas. Os usuários usufruem de toda a estrutura do espaço (que geralmente conta com telefone, copa, wifi, sala de reuniões) e, na maioria das vezes, paga valor referente a quantidade de horas em que ele ocupou o local.
Criada nos Estados Unidos, em meados de 2005, a prática chegou ao ABC em 2012, por meio da Beehouse, de São Caetano do Sul, conforme conta a proprietária do local, Telma Santini. “Provavelmente fomos o primeiro espaço de coworking do ABC. Fazemos parte de uma nova tendência mundial: economia compartilhada. Hoje ela é uma realidade e veio para ficar”, comenta.
Beehouse é uma das pioneiras na região | Foto: Divulgação |
Atualmente, Telma concorre com outros locais que foram inaugurados de lá para cá, como o Conecta ABC, também de São Caetano do Sul, inaugurado em agosto passado. O cofundador do local, Henrique Peron, explica que o intuito é promover o empreendedorismo da região. “Nós precisamos compartilhar informação. Queremos gerar conhecimentos e negócios”.
Atenta ao crescimento da prática, a Universidade Metodista tenta aproximar o meio acadêmico desta tendência. Em parceria com o Golden Square Shopping, de São Bernardo do Campo, a instituição inaugurou no último dia 18 um espaço de coworking nas dependências do centro comercial.
O aumento da concorrência, contudo, não assusta Telma. Ela ressalta que provavelmente surjam mais espaços de coworking, o que é “muito bom”, porque “difundi o conceito”.
Vantagens
O desenvolvedor de softwares, Henrique Pessoa, aderiu ao coworking há três meses e está muito satisfeito com o serviço. Antes, Pessoa trabalhava no sistema home-office e elenca diversas vantagens do escritório compartilhado na comparação com o antigo sistema. “Minha produtividade aumentou exponencialmente”, frisa.
A distância das “armadilhas” do lar, como televisão, videogame e cama, é um dos fatores que contribuíram para o ganho de produtividade. “Eu, particularmente, não tenho muita disciplina, então eu trabalhava muito menos em casa. Aqui, com todo mundo no computador trabalhando, não tem como ficar de perna para o ar”.
Espaços contam com salas de reuniões e auditórios para eventos | Foto: Divulgação |
Para Telma, o custo reduzido na comparação com o aluguel também pesa positivamente a favor da modalidade. “A relação custo-benefício do coworking é excelente”. Peron, por sua vez, elege o networking propiciado pelo espaço como principal virtude dos escritórios compartilhados.
Contudo, a falta de privacidade e a intensa movimentação do local são consideradas pontos negativos. No caso de Pessoa, que deixou de trabalhar em casa para aderir ao coworking, une-se a esses fatores os custos extras com alimentação, transporte e o aluguel do local.
Endereço Virtual
Algumas empresas usam o endereço e o telefone do coworking para a divulgação em cartão de visita, em sites e banners. “Os clientes da empresa nos procuram e nós fazemos o atendimento de acordo com script que de cada empresa. Se for o caso a gente transfere a ligação, anota recado... tudo segundo a orientação da empresa”, explica Peron. Entretanto, não é permitido usar o endereço do coworking para cadastros oficiais.
Networking é apontado como umas das principais vantagens do coworking | Foto: Divulgação |
Perfis
De acordo com a proprietária do Beehouse, profissionais liberais (corretores, advogados e aqueles que trabalham com tecnologia e comunicação) são os que mais procuram o local.
O cofundador do Conecta ressalta que aderir ao coworking é recomendável para empresas pequenas, com quatro ou cinco funcionários. “Para empresas maiores, talvez, não seja tão vantajoso”, pondera.
Telma partilha do mesmo pensamento e afirma que é comum os clientes crescerem e, assim, deixarem os escritórios compartilhados. “Geralmente nossos clientes crescem e não necessitam mais ficar no nosso espaço, mas nós ficamos felizes com isso. Coworking também é uma incubadora de negócios”, finaliza.
Telma partilha do mesmo pensamento e afirma que é comum os clientes crescerem e, assim, deixarem os escritórios compartilhados. “Geralmente nossos clientes crescem e não necessitam mais ficar no nosso espaço, mas nós ficamos felizes com isso. Coworking também é uma incubadora de negócios”, finaliza.
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