Da Redação
Um dos pioneiros no Brasil, o PAM Capuava (Plano de Auxílio Mútuo) do Polo Petroquímico do ABC completa 30 anos. Por meio do Plano, uma empresa em situação de emergência pode recorrer ao apoio das outras, que liberam recursos humanos e materiais, como profissionais brigadistas, equipamentos e viaturas de combate a incêndio, para realizar a resposta à emergência.
Atualmente sete empresas do Polo Petroquímico do Grande ABC (AkzoNobel, Bandeirante Química, Braskem, Cabot, Chevron Oronite, Oxiteno, RECAP – Petrobras e Vitopel) integram o programa, que tem apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e SAMU, além da Suatrans Atendimento Emergencial.
PAM Capuava é um dos pioneiros no Brasil | Foto: Divulgação |
O PAM começou a ser planejado em 1973, quando empresas do Polo se agruparam na região, criaram o GEHSIQP (Grupo de Estudo de Higiene e Segurança das Indústrias Químicas e Petroquímicas) e uniram esforços para os assuntos de segurança, saúde, higiene e controle de emergências, mas foi oficialmente constituído em 1986 com a elaboração do estatuto. Hoje o PAM representa o Polo em grupos nacionais de trabalho sobre legislações, como o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/ CB-24) e o Comitê Brasileiro de Transporte e Tráfego (ABNT/ CB-16), dentre outros.
Para garantir eficiência, o PAM dispõe de sistema interno de comunicação digital, entre as empresas e o Corpo de Bombeiros. “Numa situação de emergência, a empresa aciona o sistema para que as parceiras recebam o aviso e liberem as equipes de socorro, compostas inicialmente por dois brigadistas, equipamentos e uma viatura cada”, diz Valdemar Conti, coordenador do PAM. Vias internas bem sinalizadas, que interligam as diversas plantas industriais do Polo, permitem atuar com rapidez em casos de emergências.
Plano abrange sete empresas do Polo | Foto: Divulgação |
Historicamente, o principal risco externo para as empresas do Polo Petroquímico do Grande ABC é a queda de balões, que tem indicador mensal desde 2001. “São mais de 1.100 ocorrências no período de 2001 a 2016. Neste ano, até agosto, 68 balões já caíram nas dependências das empresas. Esta prática criminosa oferece riscos às indústrias e à comunidade em geral, como incêndios, danos a redes elétricas e ameaças ao meio ambiente”, aponta Valdemar Conti.
Reuniões mensais, simulados de emergência entre as empresas, simulados anuais com a participação da comunidade, auditorias nas empresas, trocas de experiências e testes diários do sistema de comunicação são atividades permanentes do PAM, braço direito do Corpo de Bombeiros, que em situações de emergência também pode requerer viaturas e equipamentos para auxílio a socorros em áreas externas das indústrias.
Números do PAM
7 empresas do Polo Petroquímico do ABC
10 viaturas de combate a incêndio e outras de apoios específicos
20 brigadistas treinados por deslocamento
Corpo de Bombeiros
Defesa Civil (Mauá, Santo André e Ribeirão Pires)
SAMU (Mauá e Santo André)
20 simulados anuais de emergência entre as empresas
Mais de 10 emergências internas atendidas (1989 a 2016)
Polo Industrial
Primeiro no Brasil, o Polo Petroquímico do ABC é formado por diversas empresas que atuam na extensa cadeia produtiva do setor, incluindo desde refinaria de petróleo até engarrafadoras de gás. Por ser uma indústria de base, a petroquímica é considerada a primeira geração da indústria química e elo inicial de diversos segmentos de mercado, como plástico, borracha, tintas e vernizes, higiene e limpeza, entre outros. Dentro desta cadeia, o Polo Petroquímico tem grande influência no desenvolvimento econômico e social da região, com geração de aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos, além de proporcionar um VAF (Valor Adicionado Fiscal) superior a R$ 2 bilhões por ano aos municípios da região, segundo estudo realizado, em 2014, pela consultoria especializada MaxiQuim.
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