segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Linking aposta na própria reinvenção e apresenta saldo positivo

Do portal O ABC da Comunicação

Com mais de 15 anos de mercado, é possível que muitos ainda não conheçam a agência Linking, localizada atualmente em Santo André, mas é impossível dizer que seus trabalhos sejam tão despercebidos assim. “Eu não sou de fazer muito alarde. Acredito que para quem trabalha duro as coisas surgem. Tem muita gente que talvez nem nos conheça, mas se você for em todos os clientes que trabalhei, acredito que 99% dirão que respeitam o nosso trabalho”, conta Ivan Lima Santos, fundador da agência.

Quando se formou, Ivan morou por um tempo nos Estados Unidos e ao retornar para o Brasil aceitou o convite de um primo para cuidar da área de criação de uma consultoria, mesmo sabendo, desde os tempos da faculdade, que seu objetivo não era trabalhar para terceiros. A participação em reuniões com grandes empresários e acompanhar de perto o funcionamento de uma empresa, alimentaram o desejo de ter o seu próprio negócio. Em 1995, sem nenhum planejamento, viu em suas mãos um cliente com mais de 25 departamentos para atender. “Fui para minha casa, montei uma estrutura no quarto de empregada que estava vazio e comecei a ralar”, se lembra. Pouco tempo depois, ao conversar com um amigo – e futuro sócio –, decidiu montar seu negócio, sua própria agência, e em uma semana já estava em uma sala alugada com alguns funcionários e computadores: nascia a Linking.

“Como eu conheço muita gente aqui no ABC, os clientes foram aparecendo. Pronto. Eu estava no caminho que queria”. A sociedade durou apenas dois anos, mas agência resistiu. Hoje, a equipe é formada por, aproximadamente, dez pessoas. Parece pouco, mas é estrutura considerada ideal pelo empresário, que já contou com 20 funcionários. “Hoje sou mais rentável e mais feliz”, explica.

Ivan Santos, ao centro, e a equipe da Linking | Foto: Reprodução
Apesar de atender clientes dos mais diversos setores, o varejo automobilístico é o que mais se destaca dentro da agência. Visto que é o setor que, praticamente, fundou a empresa. Entre os clientes estão a Volksvagem Vigo Motors, a Kia VIG, a Nissan KIN e a Chevrolet Vigorito, cliente desde 1999, assim que chegou na região do Grande ABC, e considerado um dos cases de sucesso da Linking. “Na época, a concorrência era muito forte, a Vigorito havia assumido uma concessionária que havia quebrado em Santo André e corríamos o risco de sermos confundidos com ela. Fizemos uma campanha agressiva de mídia, estruturamos um plano de parceria com os principais clubes da região, entidades filantrópicas, e outras associações”, conta Ivan. Hoje, a Vigorito de Santo André é a loja que mais vende carros por m² em todo o país, além de fazer parte da rede líder de mercado da marca Chevrolet.

Em 2016, apesar da instabilidade do mercado, o saldo permanece positivo. A agência acabou perdendo um de seus clientes, mas, até o momento, já conquistou três novas contas, entre elas, a do Cursinho Pré-Vestibular Integra+, que tem agitado a agência. “Eu já tenho 46 anos, e fazer uma comunicação dirigida para a molecada de 16 a 20 anos tem sido um exercício diário e um aprendizado constante. É um trabalho desafiador, ainda mais por ser uma marca nova que está no mercado, concorrendo com players com mais de 30 anos”.

Sobre os desafios do mercado como um todo, Ivan garante que os trata como combustível para a obtenção de resultados. E tem cautela ao falar sobre as mudanças, que tem acontecido cada vez mais rápido e em maior quantidade. “Eu não acredito que você tenha que ser o primeiro a fazer as mudanças no seu escopo de trabalho para atender essas necessidades, vi muitos correndo atrás de novidades simplesmente sem saber direito como elas funcionavam e quebraram a cara, mas eu acredito que quando elas acontecem, tem que ser sólidas, por isso eu observo e estudo muito antes de agir. Contrato terceiros, faço testes. Assim que me convenço, mudo tudo”.

Para o futuro, a previsão é que, por conta da crise, os clientes exijam ainda mais eficiência e seja necessário se reinventar para uma nova realidade. E que como todo momento decisivo, é essencial que se tenha criatividade.



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