domingo, 4 de junho de 2017

Maio tem resultado positivo nas vendas do varejo da capital

O movimento de vendas do varejo paulistano cresceu em média 0,8% em maio na comparação com o mesmo mês de 2016. O dado é do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

“Apesar de leve, esse aumento marca a passagem do campo negativo para o positivo em 2017. Finalmente saímos do vermelho”, ressalta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Em janeiro, fevereiro, março e abril, o Balanço de Vendas registrou retrações médias de 5%, 6,6%, 0,3% e 7,5% (sobre iguais períodos de 2016).

O resultado de maio se deve à base fraca de comparação com maio do ano passado, quando as vendas caíram 13,9%, e também ao efeito-calendário, pois neste ano houve um dia útil a mais.

“A crise política e institucional brasileira deve ser acompanhada de perto, pois pode influenciar negativamente a economia, mas as perspectivas são boas para o varejo nos próximos meses, visto que a taxa de juros caiu e os últimos indicadores econômicos ? com exceção da taxa de desemprego ? surpreenderam positivamente”, diz Burti. Ele lembra que o emprego é o último setor a se recuperar em crises e que, com indicadores melhores e finalizadas as reformas, a tendência é de queda da taxa no segundo semestre.

À vista e a prazo
O resultado de maio foi puxado pelas vendas à vista (+1,2%), beneficiadas pelo Dia das Mães, que foi melhor neste ano. Os consumidores optaram por presentes de menor valor comprados à vista (roupas, calçados, acessórios). Por outro lado, os juros altos desestimularam as vendas a prazo, que registraram aumento menor (+0,4%) no período.

Cinco meses
O Balanço da ACSP aponta também que, de janeiro a maio de 2017, as vendas caíram em média 3,6% (sobre igual período de 2016). É uma boa notícia, visto que nos primeiros cinco meses do ano passado a retração foi muito mais forte, de 13% (sobre mesmo período de 2015).
“Isso reforça que, se a recessão ainda não terminou, ela está perdendo intensidade. Embora seja um recuo no acumulado do ano, é um número favorável. Em algum momento o crescimento virá”, opina o presidente da ACSP.


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