segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Queda da inflação x taxas de juros ao consumidor

Por Fernando Pinho 

As contínuas quedas dos diversos índices inflacionários têm induzido muitas pessoas a tomar como definitiva a diminuição dos preços na Economia. Nada mais errôneo. O setor de serviços continua com uma resistência tremenda a baixar preços e é onde se apresenta o maior perigo para o refluxo da inflação. 

Também foi anunciado recentemente o aumento dos preços do etanol nas bombas de combustível, bem como um reajuste nas tarifas de energia elétrica. Ambos são insumos que devem causar algum impacto inflacionário.

É inegável também o fato de que a falta de renda da população fez com que o consumo diminuísse acentuadamente, colaborando para a baixa da inflação. Porém, dado o terrível histórico inflacionário de nosso País, fica a dúvida: Será que quando a economia voltar a crescer com vigor, a inflação não recrudescerá fortemente? 

Com as taxas de juros ao consumidor, na modalidade cartão de crédito, atingindo 480,3% ao ano, uma pessoa endividada vai pagar, ao fim do financiamento, aproximadamente 5 vezes mais por sua dívida original. E se a inflação voltar a acelerar, essa pessoa corre o risco de ter sua dívida ainda mais aumentada, pelo contínuo aumento da taxas de juros. Portanto, fica o alerta para a população, muito cuidado com o endividamento e a euforia do consumo (o chamado Efeito Manada).

Sobre Fernando Pinho

Fernando Pinho, 60 anos, natural de Bauru (SP), é economista e consultor financeiro com vivência em importantes mercados nacionais e internacionais. Em suas análises relaciona estatísticas, matemática financeira, ciência política e história econômica para tratar de realidades complexas que impactam no cenário econômico do Brasil e do mundo. Fernando gosta de trabalhar em cenários econômicos amplos, mostrando causas e consequências de como a economia afeta diretamente a vida de todos, considerando diversos assuntos e variáveis, como Geopolítica, Política Partidária, Política Monetária, Política Câmbial, Ideologias Econômicas, Psicologia do Consumidor, fenômenos e aspectos da globalização. Formado em Economia pela ITE – Instituição Toledo de Ensino (Bauru-SP), Fernando é Pós-graduado em Psicologia Econômica pela PUC SP e Mestre em Finanças pela Universidade Mackenzie.



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