quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Luiz Barsi Filho conta como um investidor de sucesso deve pensar

Da Redação 

É possível ter sucesso investindo na bolsa sem ser rico?. A resposta, segundo Luiz Barsi Filho, economista, megainvestidor e consultor da Suno, fintech de consultoria voltada para educação financeira, é sim. Assim como Luiz Barsi Filho, um dos mais relevantes investidores do Brasil, muitos brasileiros começam a investir jovem sem muito dinheiro. Porém, duas características são fundamentais para aqueles que querem ter sucesso na Bolsa: disciplina e paciência. 

Disciplina é fundamental para o investidor por diversos motivos. Primeiramente, todo investidor deveria ter disciplina para gastar menos do que ganha. Se o investidor gasta mais do que ganha, ele não terá dinheiro para investir. Simples assim.

“Quando eu comecei tinha uma meta de ter cem mil ações da CESP. Isso era no começo da década de 1970. O valor dessa meta era provavelmente o equivalente a dez mil dólares, um valor próximo ao de um carro popular. Era uma meta modesta, mas era uma meta possível de ser atingida. Esta meta foi alcançada. E considero minha primeira conquista de investimento. Dali em diante, outras metas como essa me propus e em dez anos eu já tinha investimentos suficientes para garantir uma renda suficiente para eu me aposentar”, conta Barsi.

Paciência é igualmente importante. Construir um patrimônio em ações é um processo lento. Não existem atalhos. As maiores fortunas da bolsa foram construídas em décadas de poupança e reinvestimento dos rendimentos. Somente os investidores pacientes são capazes de esperar tanto tempo para serem recompensados.

“Algumas instituições prometem riqueza rápida na bolsa. Porém, em décadas de experiência eu nunca vi ninguém fazer fortuna de maneira rápida na bolsa. Se você pretende investir em busca de riqueza rápida, procure outro lugar. A Bolsa de Valores não vai lhe servir”, analisa Barsi. 

Um grande problema daqueles que buscam riqueza rápida na bolsa é que possivelmente serão tentados a botar seu dinheiro em investimentos muito arriscados, como derivativos, e perderão todo seu dinheiro investido rapidamente. Às vezes perderão até mais do que investiram e ficarão com uma dívida.

Uma outra pergunta constante é “Por que investir em ações?”. “O que me motivou a começar a investir é que ações historicamente rendem mais do que demais opções de investimento”, conta o economista.

Se você soube selecionar as empresas certas para investir seu retorno pode ser ainda maior. Os últimos 10 anos não foram favoráveis às ações, é verdade. Mas ações são assim mesmo.

Ações não andam em linha reta para cima. Esse é um dos motivos que ter paciência é importante. O investidor de ações vai enfrentar períodos de baixa do mercado e períodos de alta. Compra-se uma ação a R$1,00. Dias depois ela é negociada a R$0,80. Nas semanas seguintes esta mesma ação vai para R$1,25. Para depois voltar para o R$1,00 inicial e de repente vai para R$1,50.

Esse tipo de cenário é muito comum e boa parte das pessoas se desesperam na primeira queda e vendem com prejuízo. Por isso é importante ter paciência para suportar “perdas”.

“Posso afirmar sem engano que se ao invés de investir em ações eu tivesse investido em renda fixa, certamente eu teria um patrimônio menor do que eu possuo hoje. Eu costumo chamar a renda fixa de “perda fixa”. Mas esse também é um assunto que merece ser tratado com mais detalhes em outro momento”, afirma o analista da Suno.

O mercado acionário é um Cassino? Sim, se você não estiver preparado

Diversas instituições incentivam comportamentos que são compatíveis com práticas de cassinos. De corretoras que incentivam o giro da carteira (pois faturam corretagem) à consultorias que prometem lucros rápidos. “Se o investidor adota essas práticas provavelmente irá perder dinheiro e falará aos amigos que bolsa é um cassino. O boca a boca perpetua a mito que bolsa é cassino”, analisa o investidor.

Bolsa não é um Cassino

Mas você precisa ter conhecimento e preparo para não cometer erros básicos. Alguns desses erros são inclusive incentivados por algumas instituições que deveriam defender o investidor. “Um dia um rapaz que era médico me perguntou: -como eu faço para investir? Eu respondi: -você consegue me passar em 15 minutos todo o conhecimento que você adquiriu ao longo da sua carreira como médico?. Ele respondeu que não seria possível”, conta Barsi.

O mesmo se aplica a investir em ações. Não é possível aprender em apenas 15 minutos o conhecimento necessário para ser bem sucedido ao investir em ações. Para isso, consultorias como a Suno e consultores como Luiz Barsi orientam investidores baseado no que deu certo para ao longo de décadas de investimento. 

Para quem está, o objetivo é motivar. Trazer exemplos reais ajudam aqueles que não têm referenciais positivos de bolsa. “Quando comecei a investir eu não tinha muito, mas com esforço, dedicação e paciência foi possível atingir meus objetivos financeiros através do mercado acionário”, afirma o consultor da Suno.

Ações garantem o futuro

Um País forte se faz com um Mercado de Capitais forte. E um Mercado de Capitais forte se faz com um número crescente de investidores. Quanto mais investidores o Brasil tiver, maior será a poupança interna e essa poupança poderá prover recursos para um Brasil melhor. 

O mercado de capitais financia projetos de infraestrutura, financia rede de escolas e faculdades, financia o banco que vai financiar o pequeno empresário. O Brasil precisa de um mercado de capitais forte. E para que o mercado de capitais seja forte, os investidores precisam de educação.

Sobre a Suno

Fundada em setembro de 2016, por Tiago Reis, a Suno, consultoria voltada para educação financeira, tem como objetivo simplificar a relação entre novos investidores com o mercado, por meio de relatórios periódicos e cartilhas com ensinamentos sobre o tema. A empresa tem como parceiro o conhecido investidor Luiz Barsi, que escreve semanalmente, em parceria com a Suno, conteúdo relevante gratuitamente.

Sobre Luiz Barsi Filho 

Luiz Barsi Filho é formado em estrutura e análise de balanços, economia e direito. Consultor econômico financeiro independente, membro do Conselho Regional de Economia – SP (CORECON-SP); Presidente do Conselho da Eternit, além de membro do conselho de administração da Unipar/Carbocloro, empresas de capital aberto e líderes nos seus segmentos de negócios.



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