quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Confiança da Indústria atinge maior nível desde julho de 2014

Da Redação

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 2,1 pontos em setembro, para 88,2 pontos, o maior nível desde julho de 2014 (88,8).  A expansão no mês atingiu 12 dos 19 segmentos pesquisados e foi determinada tanto pela melhora das expectativas quanto das avaliações sobre a situação atual.

O superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE, Aloisio Campleo Junior, comenta os dados: “Em setembro o ICI retoma a trajetória de alta iniciada em abril, depois de breve interrupção no mês anterior.  A leitura desagregada dos quesitos da pesquisa sugere uma recuperação lenta e sujeita a sobressaltos pelo lado da produção, decorrente do esforço para normalização de estoques e da recente perda de fôlego das vendas externas. O setor continua desapontado com a lentidão da recuperação da demanda interna, mas começa a apresentar maior otimismo no horizonte de seis meses”, afirma.

O ICI atingiu 88,2 pontos | Foto: Reprodução
Apesar do ganho acumulado de 13,5 pontos entre março e setembro, o índice permanece em nível historicamente baixo. Como exemplo, a média deste terceiro trimestre de 2016, de 87,1 pontos, terminou idêntica à do terceiro trimestre de 2014, período em que a economia brasileira já estava em recessão segundo o CODACE.

Em setembro, o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,5 pontos, para 89,8 pontos, o maior desde junho de 2014 (90,3 pontos). Já o Índice da Situação Atual (ISA) aumentou 1,5 ponto, para 86,7 pontos, o maior desde janeiro de 2015 (88,4 pontos).

O indicador que mede o grau de otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes exerceu a maior contribuição para a alta do IE em setembro, com alta de 5,3 pontos, para 88,9 pontos, o maior patamar desde dezembro de 2014 (91,0 pontos).

A melhora nas percepções sobre o momento presente foi influenciada pela evolução favorável dos estoques. O percentual de empresas avaliando o nível atual de estoques como excessivos caiu de 14,1% para 12,7% entre agosto e setembro, enquanto as que os consideram insuficientes aumentou de 5,4% para 7,1% do total - o maior desde maio de 2013 (7,3%).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) aumentou 0,9 ponto percentual (p.p.) em setembro em relação ao mês anterior, para 74,7%, o maior desde dezembro de 2015. Houve avanço também em bases trimestrais: a média no terceiro trimestre, de 74,3%, é 0,3 p.p. superior à do trimestre imediatamente anterior.


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