sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Desemprego registra queda no ABC

Da Redação

A taxa de desemprego nos municípios do ABC caiu para 16,4% em agosto, ante 16,8% em julho, depois de registrar estabilidade por dois meses consecutivos. Na análise por setores, destaque para o segmento de Serviços, com geração de 5 mil postos de trabalho. Os números são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, divulgada ontem (29), na sede da entidade regional.

O total de ocupados permaneceu próximo da estabilidade, com leve alta de 0,2%, passando a ser estimado em 1.193 mil pessoas. “Os números mostram uma tendência à estabilidade dos indicadores, mas ainda passamos por um momento muito incomum por causa da crise. Apesar de estável, o nível de ocupação segue baixo”, afirmou César Andaku, economista do Dieese, durante a apresentação da pesquisa.
Setor de serviços gerou 5 mil postos de trabalho  em agosto | Arquivo/AgBr
O total de desempregados na região foi estimado em 234 mil pessoas, 6 mil a menos em relação ao mês anterior. O resultado foi influenciado pela redução de 0,3% da População Economicamente Ativa (PEA), com 4 mil pessoas deixando a força de trabalho da região, e uma alta de 0,2% do nível de ocupação (geração de 2 mil postos de trabalho).

Na análise setorial, a geração de 5 mil vagas nos Serviços influenciou positivamente o resultado, enquanto o Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas manteve-se estável. No sentido inverso, a Indústria de Transformação recuou 2,2%, com eliminação de 6 mil postos de trabalho, com destaque para a queda de 5,6% do segmento de metal-mecânica, com perda de 8 mil postos.

“Os Serviços têm um peso muito grande na região, pois correspondem a 56% do total de ocupados. O setor registrou quatro altas seguidas neste ano, entre março e junho, e agora está com um comportamento que tende à estabilidade. No caso da Indústria, o desempenho está no mesmo nível do segundo semestre do ano passado”, disse Andaku.

Em agosto, o número de assalariados na região recuou 2,2%. No setor privado, caíram o contingente de empregados com carteira de trabalho assinada (-0,4%) e o daqueles sem carteira (-1,1%). No setor público, o número de assalariados retraiu 16,2%. No mês em análise, o contingente de autônomos aumentou 2,2%, refletindo a expansão de 5,9% para os que trabalham para o público, ao mesmo tempo em que houve redução de 2,4% para os que trabalham para empresa.

Entre junho e julho de 2016, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 0,7% e o dos assalariados recuou 0,7%, que passaram a equivaler a R$ 2.201 e R$ 2.237, respectivamente. Permaneceram próximas da estabilidade as massas de rendimentos de ocupados (0,1%) e assalariados (0,3%), no primeiro caso, como resultado de aumento do rendimento médio e redução do nível de ocupação, enquanto, para os assalariados, como decorrência do crescimento do nível de emprego e da redução do salário médio real.



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